Este museu, que contará com uma exposição de objetos, aparelhos e máquinas – algumas serão manipuladas pelos visitantes para jogar ou simular experiências científicas – tem como propósito estimular o público a conhecer e familiarizar-se com o mundo tecnológico e sobre os seus aspectos inovadores.
O museu será integrado num campus que agrega várias instalações educativas e desportivas, ordenado pelo plano de urbanização do Madeira Tecnopólo, na cidade do Funchal. A parcela do museu situa-se a norte da via rápida à cota 200 e à margem da ribeira de São João. O terreno, com cerca de 17000m2, inclui dois espaços para exposições temporárias, auditório, salas, lojas, cafetaria e ainda um museu de imagens, constituído pelo importante acervo fotográfico da região.
O edifício tem uma forma alongada e irregular cuja parte central se apoia no solo, deixando os extremos em suspensão. Encontra-se dividido longitudinalmente por uma espécie de fratura, que no interior corresponde a um espaço de iluminação zenital, à volta do qual se desenvolvem as circulações verticais. A secção transversal do edifício tem uma forma assimétrica e irregular com fachadas não verticais, o que lhe confere uma imagem de estrutura dinâmica. As suas superfícies são compostas por múltiplas faces e por uma geometria não ortogonal, mas o seu revestimento uniforme proporciona ao conjunto uma certa unidade e coesão.
O volume do museu, implantado paralelamente ao contorno da linha de água, encontra-se desfasado da escala, do alinhamento e da orientação das construções próximas; está desligado das conformidades e das analogias que unem o restante tecido urbano. No contexto edificado do local é um objecto autónomo.
A produção da sua forma e simultaneamente a sua ancoragem, que estabelece as conexões locais, recorreu a um processo de ressonância/dissonância, que envolve a orografia e no qual tomam parte vários aspectos dinâmicos como o movimento, o equilíbrio, a variabilidade e a irregularidade.