O local onde se insere o edifício da conservatória é um vale profundo situado na costa norte da Ilha da Madeira, ladeado por encostas verdes com o mar à frente e onde se encontra a vila de S. Vicente. Toda a envolvente é dominada pela paisagem de montanha e por uma orografia pujante. Junto a uma margem da ribeira que corre no vale, numa faixa de terreno que teria sido também leito de ribeira, encontra-se o parque, formado por uma zona verde e um estacionamento subterrâneo com pequenas lojas assentes na cobertura. A disposição aleatória destes volumes das lojas ao longo da margem, dá a impressão de movimento e estabelece uma analogia com o curso da ribeira.
O novo edifício possui uma forma rectangular e maiores dimensões que os restantes volumes, foi implantado no mesmo espaço onde se encontram outras construções. Por estarem no mesmo lugar em simultâneo, a nova e as antigas construções atravessam-se e interceptam-se, partilhando o mesmo espaço.
A conservatória tem um só piso, com uma cobertura plana suportada por uma fiada de pilares dispostos em todo o seu perímetro e formam um peristilo. As paredes são de vidro e estão recuadas face ao alinhamento dos pilares formando um único espaço interior. A transparência e ligeireza das fachadas é interrompida por volumes sólidos revestidos a pedra que penetram os seus limites.